Por Paulo Romeiro* e Gisele Brito **
“Para um ocidental, uma máscara ritual africana poderia parecer horripilante – enquanto para o nativo poderia representar uma divindade benévola. Em compensação, para alguém pertencente a alguma religião não-europeia, poderia parecer desagradável a imagem de um Cristo flagelado, ensanguentado e humilhado, cuja aparente feiura corpórea inspira simpatia e comoção a um cristão”, História da Feiura, Umberto Eco
A administração municipal de João Doria inicia o ano com diversas ações midiáticas relacionadas ao que será uma das marcas da sua gestão: o programa Cidade Linda. Segundo notícia veiculada no site da Prefeitura de São Paulo, o projeto contempla ações de manutenção de logradouros, conservação de galerias e pavimentos, retirada de faixas e cartazes, limpeza de monumentos, recuperação de praças e canteiros, poda de árvores, manutenção de iluminação pública, reparo de sinalização de trânsito, limpeza de pixações, troca de lixeiras e reparo de calçadas.
Um programa que prega uma cidade linda, ainda que em um primeiro momento pareça inofensivo e até uma unanimidade, na realidade esconde (ao mesmo tempo em que explicita) certa visão de cidade. O que é lindo (ou feio) para a gestão João Doria?
Fonte: O programa Cidade Linda e a ideia de beleza da gestão João Doria | observaSP
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